V erde visão, te vejo, Valéria
A tômicas explosões, atmorizada
L uz negra, lampejos de cólera
E nvenenamento do planeta, coisa séria
R uinas, rupturas, coisa ruins
I nsanos governantes, incapacitados
A môr: alguma coisa que está faltando
D eus, doçuras, dicernimentos
A lgo que faça os povos menos desgraçados
M ulher morena - musa de prosa e verso
I nvoco, ao Criador, uma prece
C om a tristeza da Mulher: meu universo
O coração deste Homem, solidário, padece !

Para Valéria D`Amico, integrante do Greenpeace, quando das experiências atômicas pelos Tio San.

São Paulo out/96