Adeuses e a deuses

 
Na imensidão,
do nada, busco,
alma perdida,
da minha, irmãs,
nesta solidão,
que rebusco,
desfalecida,
vida e morte vãs.
 
Navegando,
na tormenta
do não algoz,
do medo e dor.
Sobraçando,
a mão tenta,
não a voz,
dizer "amor".
 
Os ventos
secam
lamentos
que pecam.
 
Aa águas
apagam
as mágoas
que afagam.
 
Silêncio nu,
descobre,
que eu e tu
nós, um pobre...
 
Ai! os adeuses!
Ai! os a deuses!
Ai! os retornos!
Fodam-se deuses
e diabos cornos!

Triste Poeta
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