Quem disser que nesta vida nunca sofreu, mente,
Querendo a dor da vida deliberadamente ocultar,
É sabido que a felicidade é, tão simplesmente,
Momentos instatâneos de prazer, não vou negar.

Somente o sofrimento é inerente ao ser humano,
Este vale de lástimas está sempre a demonstrar,
É este um asserto que jamais foi mero arcano,
Mundo das algias, ninguém consegue explicar!

Infortúnios e tristezas são vertentes do dissabor,
São o dia-a-dia do homem neste orbe a penar,
São o canto merencório de uma súplica de amor,

 São gritos de misericórdia que a ninguém vão dar.
Ah! Prazeres meus! Por que este meu desamor?!
Existência sórdida! Ó Divino, só a Ti posso rogar!