ESPERA ...

Cutuco a ferida aberta

se observam: disfarço!

Mascaro o buraco

fundo

em fungo

hemorrágico

desesperada.

Quando distraídos,

sou resgatada

pela carne em pus,

pela infecção

obcecada ...

Serão assim os dias

até o segundo da cura ou da morte.

Por favor, não tenha asco,

de um ser que

projeta obscuras feições ansiosas

do lúgubre pensamento atormentado

Só eu - e Deus - sabemos

da tempestade em minha entranha,

sou livre e cheia de esperança para o mundo,

para a espera, sou mosca na teia da aranha...

 

Tormentos de qualquer espera!
Obrigada por me ler, boa semana!
Beijos
Elisa Gasparini
© Todos os direitos reservados