A VIAGEM

A VIAGEM
 
Alcanço vôos intermináveis, basta seguir a seta.
Um frio percorre todo o meu corpo! Estou no ar.
A velocidade do vento me leva! Faço curvas nas retas.
Contorno o tempo! Contorno essa vontade de adejar.
 
Aproximo de um espaço qualquer! As cores me levam ao delírio.
Nuances são minhas misturas! Misturas elevadas a um nível superior.
Invento uma fantasia! Viajo nessa trama sem martírio.
Aceno! Contraceno com minha saudade e não uso a dor.
 
Bebo do meu próprio absinto, bebo do mel que tiro do sorriso.
Elevo meus braços em direção ao sol! A lua me protege.
Contemplo um oceano alucinante! O mar é meu abrigo
Crio asas como se fosse um anjo! Lá de cima alguém me segue.
 
Fechos os olhos! A pintura do quadro torna-se parte da minha história.
Personagens caminham ao meu lado! Presumo uma invasão.
Levito! Reflito! Revejo meus conflitos! Vejo uma oratória.
As soluções dos meus atos são o abstrato do meu coração! Há emoção.
 
Faço-me em vôos! Então consigo viajar com o vento.
Tenho momentos de devaneio! A fenda que transporto.
Cenários dão vida as minhas poesias! Vem do meu momento.
Um ato! A cena do adeus! A partida de quem não tem porto.
 
Soraia

Eu sempre alcanço voos imaginários,
meus pensamentos são como o tempo
sempre em movimento.

no ar

Cigana
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