Presságios



No silencio das minhas futuras noites
Sentir-me-ei cativo das senzalas escuras,
Serei atormentado pela insônia e por maus augúrios,
E A minha mente será tomada por pensamentos  esquálidos.


Nos átrios frios e sombrios das mansões esquecidas
De portas proibidas e janelas cerradas para o sol,
Eu ver-me-ei no espelho com a pele atrigada,
E cercado por animais atripedes de olhares tristonhos.


Nas torres do grande mosteiro em estilo barroco
Tentarei encontrar minha paz, mas o badalar dos sinos
São barulhentos e torpes, que me ensurdecem
e alançam de morte a minhálma indefesa.


Nos templos revestidos de ouro e prata
A paz é "cambial" de pagamento prévio.
O  alarde é maior do que os ensinamentos
A paz é usurpada e a luz cai no nodôo dos pantanais.


Sozinho no albergue, minha paz será arrebatada
E ficarei a mercê da servidão inútil  de serventes tiranos,
Que me obrigarão a esperar com resignação degradante,
O merecido galardão de uma vala rasa, na terra do nunca.


 

 

 

 

Caro amigo por motivos técnicos tive que excluir o poema anterior (Um amor de poeta) o mesmo poema já havia sido postado anteriormente. Este poema eu construí depois de ver pela televisão os maus tratos sofridos por alguns idosos por pessoas que tinham por obrigação de cuidar bem deles. Obrigado pelo carinho da visita ao sair deixe um comentário ou uma simples critica.