À ÚNICA CERTEZA 

E hoje vivo com a incerteza do que devo ser
E que o medo de morrer que me acompanha
Ainda com os pequenos atos que a vida arranha
Limita o meu jeitinho de viver

Finito como o fim de uma canção
Mesmo sabendo que o tempo é curto
Que no piscar dos olhos, no passar do vulto
A vida passa sem qualquer explicação

E quando paro e me ponho a chorar
Sinto que perco muito mais que tempo
Que nos pesares dos pesares do momento
Ela virá sem do para me levar

Não acredito na idéia morta
E nem aos homens permito que me enganem
Que as pessoas vivam, que as pessoas amem
Pois na verdade quem já foi não volta

Tiago Fernandes
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