De esperar por mim,
de contar esses dias que passo solitário,
percorrendo as ruas, os bares, fazendo
da vida uma expecativa permanente ...
Sabe, às vezes paro, penso, reflito,
mas prossigo,
não entrego meus sonhos a nada nem
a ninguém,
disponho de mim mesmo com a sede
de liberdade que me anima a alma,
com o mesmo jeito manso dos carinhos
que te quero dar ...

Da mesma forma como as ondas batem
na praia,
numa extensão do que sinto por você,
voltam a mim todas as apreensões que
tentei sepultar,
a cada dia,
a cada noite,
a cada momento
de solidão,
uma solidão voluntária, ao mesmo
tempo preciosa,
tão preciosa quanto todo o amor
que desejo tenhas para me dar,
o mesmo amor que não me precisa ser ensinado,
porque sei amar,
e como sei ...

E isso não é tudo !
Mil versos te escreveria,
mil maneiras haveria de encontrar para
dizer :
- Te espero !
Como outras mil maneiras encontraria
para acariciar tudo o que é seu, que há
em você e vem de você ...
assim como outros mil beijos te daria
num único, supremo e mágico
instante ...
daqueles que somem rapidamente,
mas voltam a cada rasgo de pensamento
que evoque a chama da felicidade ...

Marco Aurelio
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