AMIGO DILETO

Não tenho mais o teu amor,
Nem o aperto dos teus braços.
Não sentir mais o teu calor,
É, a prova do meu fracasso!
 
Meus dias agora, longos são!
Das noites nem sei o que dizer.
No vazio da minha solidão,
Não te encontro, sofro por querer.
 
Não sei para onde vais,
Só sei por onde vou.
Talvez ouças os meus ais,
Na solidão que me ficou.
 
Sei que vais voltar, há uma razão!
Deixaste tua jóia de maior valor,
Ficou à tua espera o teu violão,
Amigo dileto de um cantador.
 
Virás buscar o teu pedaço,
É o teu amigo de todas as horas.
Ah! Como gostaria que o pedaço fosse eu,
Só que não sou ele, e nem é ele quem implora.
 
O meu reclamo, é nada, não tem valia!
Amor quando acaba, desentoa,
O amor é a razão e o tom da melodia,
Sem ele, até a lua não reflete na lagoa.
 
O amor surge do nada, acontece,
É a borboleta procurando a flor,
É a teia que a aranha paciente tece,
É um olhar, um arrepio, e então, o amor!
 
Amor é, olho no olho,
É questão de pele, de cheiro.
Amor é concretizar um sonho,
É viver um sonho inteiro!
 
 

Como doi se sentir abandonado! É uma dor de todas as horas que se sente solidão, fica restando a esperança da volta de quem não vem e saudade é a única coisa que se tem.

Reminisência do passado