Num sei se ocê já sabe
porém se num sabe eu digo
Moreno tu é bonito.
Bonito como o quê?
Como o que tu pregunta
e eu te adianto agora
num tem dia, num tem hora
prá eu ficar sem ti vê.

Sem ti vê, sabe pruque?
Tu tem dois ôio pretinho,
briante, bem bonitinho
que dá gosto de se vê!

Dá gosto de se vê
que só de pensa assim
já tô ficando doidinho
de te roubarem de mim.

O coração já parpita
o corpo intero se agita
de tanto querê assim
e se tu estás lendo estas linha
de ante-mão tu vai sabê
que eu vivo pra te querê
que eu peço que Deus te guarde
prá sê meu inté morrê.

Poema Matuto, sendo utilizada linguagem do folclore e interior Nordestino.

Olinda/Pernambuco

Isabel Cristina Torreiro Quintas
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