Pássaro negro canta nas sombras

Um hino de louvor ao Deus da luz...

 

Frágil ave sangra na penumbra.

 

A palavra é vasta,

A agonia imensa

E a vida estúpido arruido de tambores que cessa...

 

Mergulhai os vossos pensamentos

E os símbolos da vida,

Que morremos sem contemplar,

No sangue do pássaro negro

Que nas sombras canta

Ao Deus da luz um hino de louvor...

 

A palavra é morta

E o exílio insuficiente

para calar o berro insano das multidões famintas.

 

Pássaro negro conhece os seres abissais da nossa superficialidade.

Sergio Leandro
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