Então suas paredes concretas estão postas.


 

E entre nós, ficou uma sombra fria de saudade.


 

Errei por tentar acertar. Desisti por tentar aceitar.


 

A ponte que nos ligava foi rompida.


 

Pela enchente de ilusões e tempestades de incertezas.


 

Se fui pouco ou muito não sei.


 

Prefiro acreditar em suas palavras.


 

Mesmo sabendo das suas idéias confusas.


 

Amar-te que era prioridade.


 

Virou a distância da eternidade.


 

E o sentimento que me resta.


 

É nada mais que decepção.


 

Fostes fraca, pois quando se ama, não se engana.


 

Fostes dissimulada, pois ja almejava uma volta.


 

Lançastes no mar como cinzas, a felicidade que era real.


 

Perdestes o peito aberto do alento.


 

Para ti restou a calmaria do mar.


 

Para mim a busca de novos territórios.


 

Outra vez mudamos o caminho, e este parece longe.


 

Só não tão distantes da memória.


 

Somente estas não se apagam.


 

Seria melhor a certeza do erro, do que a dúvida de não ter tentado.


 

 


 

 


 

 


 

 


 

 

Carlos Eduardo Fajardo
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