MARTELO

Acho estranho
Por que o esquivo?
Por que esquecer?
Esquisito é não entorpecer
Teu destempero
Desprezível
Um amargo invencível
Teu tresvario enfadou
Sucumbiu
Iludiu
E agora?
Não tenho tanto tempo
Qualquer coisa invento
Tudo para isolar-me
Tua loucura
Que brota a todo o momento.
Pensei que fosse ternura
Porém tal imperfeição
Faz parte do teu coração
Inata amargura
Malsã
Estorvo inflexível.
Mas se houver outra oportunidade
Avise-me com antecedência
Para que eu possa ter prudência.
Quiçá perceberei alguma coerência
Na maldade
Fique à vontade.
Como outrora fora
Em tenra idade.