-Caminheiro, (sola gasta
Da poeira de mil chãos,)
Trago pouco em minhas mãos:
Uma caneta me basta,
Um papel, um lampião,
E a madrugada estrelada.
Não careço de mais nada,
Não, senhor. Se avexe não...
(E nem tenho algum dinheiro
Que custeie o meu ingresso
Em tão distinta pensão...)
-Sê servido, caminheiro,
De pagar-me com teu verso:
Dorme aqui, faço questão!