A Lua quase completa preenche esse quarto de luz prateada.
As memórias por trás dela não são boas.
São um dilema.
Mas, hey amor doloroso, já não faz tempo desde a última punhalada?

 


Eu gosto de ser Deus, eu sou.
Eu governo este mundo, eu governo meus sentimentos.
Com a punhalada imaginária em um órgão vital, eu chorei por dias.
Mas, hey amor infinito, nem todos os  contos têm um final feliz.

 


O vento da noite celebra o velho sofrimento de meus ossos em pó.
Meus sentimentos dolorosos voam pela noite a fora, voam para longe de mim, longe.
Pois o vento e o tempo levaram a minha dor para longe de mim, longe.

 


A Lua quase cheia me encara de seu majestoso trono negro.
Ela sorri para mim, nós somos confidentes de um cruel e sofrido segredo.
Nós sabemos que a parte que falta em nós, em mim, nela é você.

Maria Júlia
© Todos os direitos reservados