Tenho andado disperso, distraído ao som de minha regência, sou regente de minha própria incapacidade intuitiva, que intuição severa me traz o vento do alvorecer na manhã decaída em meus pesadelos cansados e frios.
Estou cansado de ser vilipendiado, acusado por minhas próprias consternações, que se manifestam alheias em minhas claustrofobias, destruindo minhas insanidades de boêmio.
Estou preocupado com minha própria dinastia, degenero o modo de pensar recíproco em minhas próprias fragilidades.
Tenho andado para muito longe, estou quase alcançando além da minha própria inconsciência, mas consciente estou de meus atos profanos.
Detesto ser o mal em desuso, o medo feroz que insere a minha coragem em meus planos que continuam a deriva neste mar de vida insegura, a qual me segura pelas mãos, tenho sempre a razão de estar preso, molhado e suado , ao lembrar das horas sensatas que são passadas e lembradas e lambidas e assadas e cozidas.
Farei agora uma auto-análise de minhas percepções, estarei certo ou errado ao passo que discernirei se serei o que eles querem que eu seja, mas o que eles querem que eu seja?
Desejo conter as lágrimas tingidas, apagar a imagem distorcida, que agora me ensina desvanecida, o perigo da vida ainda viva, voltarei ao seu dispor!
Desejo usurpar toda a sua magnitude, se tuas virtudes contiverem magnidades, se tuas palavras contiverem verdades.
Ao menos verei o verde que teus olhos me assombram, verei o fato que se esconde em tuas próprias indecisões, ainda que muito demore.
Viajarei para sempre até curvar a imensidão da morte, pois morrer é mais interessante do que se imagina, pois quem não deseja a morte solene, também não deseja viver eternamente.
Percorrei o vale das sombras com um recato sombrio, talvez para esconder a felicidade percápta existente em cada um de nós.
Estou cansado ser descartado em tuas mãos dóceis, me ferir em meio as tuas planícies, me perder por entre teus pólos e delirar na madruga adjacente da noite morrente e do dia nascente.
Estou indo distante, muita além do que se possa conhecer, mas quero poder entender as minhas intuições, meu podre destino, isto se a mim couber.
Quero concretizar este sonho bandido, este caso perdido, e te recompensar por qualquer infortúnio que por acaso eu te tenha causado.
Pois sei que não foi por mal ...

escrevi esse poema hoje de madrugada... ainda não consegui entende-lo plenamente, eis a razão do nome...distraído

salvador

Fábio Avanzi
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