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Acróstico 3 (à minha irmã)
De Carlos Magno
 
Lembro-me bem quando eu passava apuros,
Um turbilhão de nuvens negras me envolveu.
Como teu sol descortinou meu céu escuro,
Inaugurando o dia que resplandeceu!
Às vezes a mim mesmo começo indagar.
A conclusão diz o porquê de tudo isso:
Laços profundos se fizeram enraizar,
Mostrando que fazer o bem é compromisso.
E quando enfim as visões vão clareando,
Inda que estejam um pouco apagadas,
Dá pra perceber nossas almas caminhando,
Ao esbarrar em júbilos e derrocadas.
Despetalando flores mesmo afastados,
Os nossos corações estão de braços dados.
Sempre afinados vão se harmonizando,
Somando vibrações de ternuras e de paz.
Através do tempo que nos resta a cumprir,
Não tenho dúvidas que iremos prosseguir,
Trilhando esses caminhos que tão bem nos faz,
Olhando pro futuro feito em nossas mãos,
Sentimos o regozijo de sermos irmãos.

Homenágem à minha irmã, Lucia.

Rio de Janeiro

Carlos Magno de Almeida
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