Impossibilidade

 
Sentindo o gosto amargo
Desta vida rangente de incertezas
Vendo as estrelas caírem de seus lugares
Exposto a qualquer um
Com a cara obviamente notada
Infeliz!
 
A sensação de não conseguir ficar sozinho
E de pensar nas coisas que não existem (?)
 
Sendo assim, não pode contar com aquilo que não se vê?
 
Outro querer
Sem ninguém
E a vontade de morrer
No frio ou na calçada
Com o rosto rasgado de vergonha
E outras infidelidades de manequim depressivo
Reavivando mais uma vez essa insatisfação amorosa
E novas peripécias desastrosas
 
Incredulidade,
Absorvida na constatação da solidão apaixonada
 
A última chance
Para pensar que o céu está aberto para mim
E sem nenhuma dúvida
A corriqueira majestade vestida com sorrisos e doces guardados
Aparece, e quando menos se espera
Transforma-se em depressão insatisfeita
 
É um erro?
Ou um proveito?
Querer morrer e renascer ao mesmo tempo?
Nessa alma, um colchão encarangado, sem flores ou chicletes mastigados
 
CA-K:
24/06/2008
 
Nada é verdadeiro...
(Des) Acredite!