Nada posso sentir na incerteza
Na voz áspera que a vida me grita
Nesta prisão fria e inexpugnável,
Na raridade ofuscante do sol
No destemor sombrio da lua
Nada posso sentir...
Nenhum toque
Nenhum aceno
Nem boas vindas
Tão pouco adeus.
Nada posso sentir deste semblante decaído
Do frio descomedido que me fazes sentir
Da viva vida vívida, ultrapassada pelas tuas doutrinas
Claridade maligna, benéfica amiga
Que desde outrora me consola
Quando em momentos me reprimo
Quando me eximo,
Ou quando fujo de meus ideais nórdicos,
Apenas reflito na tua presente consternação,
Sem almejar o que me digno de ser
Um futuro poeta, ou apenas uma fagulha disso...

"alguém objetou sobre a minha personalidade, decidir respondê-lo da forma mais apropriada"

Salvador

Fábio Avanzi
© Todos os direitos reservados