QUANDO NOSSOS SONHOS MORREM

QUANDO NOSSOS SONHOS MORREM

Por: William Vicente Borges
 Os melhores sonhos que já tive
estão morrendo um a um.
O balde amarelo está cheio das
lágrimas que não cesso de derramar.
 
E eu grito ao vento?
E eu grito ao vento?
 
Os meus sorrisos estão amarelos.
Refletem ás lágrimas no balde amarelo.
Olhei-me no espelho e minhas olheiras
mostram o estado da minha alma.
 
Olho ao meu redor tudo está desmoronado.
Abaixei-me e peguei as fotos de uma
vida, outrora feliz, e como estão empoeiradas.
Por todos os lados tristeza e solidão.
 
E eu grito ao vento?
E eu grito ao vento?
 
Minha voz não sabe mais clamar.
Meus joelhos vacilam e minhas
mãos encolhidas se cansaram.
Minha visão está embaçada.
 
Faço respiração boca a boca,
bato no peito dos meus sonhos,
mas eles não acordam mais.
Os melhores sonhos que já tive.
 
E eu grito ao vento?
E eu grito ao vento?
 
Esvazio o balde amarelo outra vez,
sobre os sonhos desacordados,
quem sabe minhas lágrimas salgadas
não os façam esboçar alguma reação?
 
E eu grito ao vento?
E eu grito ao vento?
 
Os melhores sonhos que já tive
estão morrendo um a um.
E quando nossos sonhos morrem
nós morremos junto com eles.
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Quando a dor da alma é maior que a esperança.

Outono de 2007 - Vila Velha