"IGUAL UM PASSARINHO"

Na cabana que eu morava
quando o crepúsculo caia,
uma cigarra solitária cantava
meu corpo cansado gemia.

Quando a manhã clareava
já era outra melodia,
eram os pássaros que cantavam
era a aurora que nascia.

Logo após vinha o sol
que clareava o meu dia,
queimava a pele das frutas
e a minha pele que ardia.

No inverno, ou no verão,
naquela cabana, sozinho,
de companheira, a solidão
e o meu querido cavaquinho.

À noite a lua brilhava...
E com os acordes do meu pinho,
quão contente eu cantava;
cantava igual... Um passarinho.

São Paulo, 14/11/2006.