Houve certas coisas que eu disse
Tudo tolice, das quais me arrependo.

Fico matutando e remoendo,
Por contradição, o que eu não digo

Queria desdizer... mas palavras não voltam
Quero coragem, mas não consigo...

Se uma frase se foi em vão
Muitas outras medrosas não vão

Ah! Mas essa contramão sem fim...
Essa contradição de mim...

Procuro abrir a boca quando eu tenho certeza
Procuro ser menos frívola possível
E sincera até o ponto cabível
Mas a boca fala do que o coração está cheio
Contudo, o coração da gente é enganoso
E nem sempre está cheio pela Fonte perfeita
Porque pra se encher dessa Fonte é preciso vontade
E a nossa vontade é constantemente disputada entre a carne e o espírito
O mesmo vale para as coisas que fizemos
E preferíamos desfazer, procurando não repetir
Porventura há saída pro fazer indevido?
Somente a Fonte é capaz de esquecer o mau agir
Nunca se esquecendo do pervertido
Dói muito machucar pessoas, envergonhar pessoas...
Contudo outrora machucamos e envergonhamos a Fonte de sangue
...
[Tu és a Fonte Senhor!]

Era pra isso ser apenas uma descrição da poesia acima, mas parece que eu me empolguei...