Estou Exausto de Viver

Choro de pirraça...
Tanto me exaure, e a impaciência é tremenda.
A empatia com meu ser é nula,
Mas com todo o resto é infinita...

Serei eu tão errôneo?
Ou há intolerância e impaciência demasiada?
Sou vil, sou reles como tanta gente
(Assim como disse Álvaro de Campos)
E assim será, porque não quero hipocrisia.

Estou bem cansado de ser tratado como monstro.
Como errado, como incompreensível.
Eu tenho uma sociopatia ou psicopatia louca em mim.
Coisa que me dá sentimentos para coisas
E remove absolutamente para todo o resto.
E não me importo de magoar o mundo inteiro,
Desde que eu esteja inabalado.

E eu acho graça de todo o caos absurdo!
Eu magoo tudo e todos sem piedade,
Mas espero humanidade dos demais.
Sou egoísta e pérfido, sim...
Mas, nada que uma ou duas doses de uísque não resolvam...

Queria dormir, de exausto que estou!
De gentes fingindo o bem e não admitindo o hipócrita que há!
Quero solidão e paz, pois já fui da companhia 
E vi que é anular quem realmente somos!
Estou cansado de choros que visam só o próprio sentimento
E ignoram os dos outros.
Ninguém realmente compreende o semelhante. Ninguém!
E eu me sinto inútil e estúpido, por criar tal expectativa.
Inútil e burro, como muitos não me veem...