Pétala de Flor


Flor que foi botão que aflorou na madrugada,
Abençoado pelos azuis da lua e das estrelas,
Flor singela que se fez viva e única em meu jardim,
Que nasceu com a dádiva do encanto, e assim seduz.

Bela que se fez musa a converter homem em poeta.
Flor que em que meio a outras tantas se fez só,
Pois que aprisionou o olhar admirado e uniu-se,
Converteu-se em único para assim se fazer integra.

Flor que nasceu como benção do infinito,
Trouxe sementes renovadas, e aromas primaveris,
E abraçou com suas pétalas os sonhos de um olhar,
E ensinou com sua vulnerabilidade a delicadeza.

Pequeno ser, porém além de si, acima do comum,
Flor em gestos suaves em graça em seu leito vegetal,
Cores do horizonte, tons do arco íris, tons de mulher.
Ninfa de eterna juventude verte o milagre do amor.

E então quem desconhecia os sentimentos aprende.
Quem temia as emoções já se deixa levar,
E então o coração petrificado ganha vida,
Para bater num ritmo musical e reconhecer a paixão.


Gilberto Brandão Marcon