A dor do poeta é um eterno lamento,
O amor o elude, seu coração sofre em tormento.
Palavras complexas ele tece com ardor,
Reflete o amor, ainda que em seu fulgor.

Mas em seu ser, um anseio intenso palpita,
Ele quer ver suas palavras tomarem forma bendita.
A realidade, porém, escapa como o vento,
Desejo e querer, num mundo irreal, ele sente.

Latente, a ânsia se agiganta no peito,
Anelos profundos em sonhos desfeitos.
Oh, poeta, tua pena traça quimeras,
E em letras vive o amor que esperas.

Jaqueline Alexandria
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