QUANDO TE ENCONTRO

Quando te encontro, o anoitecer se agita.
Oscila a chama trêmula da vela.
E a lua é tão sublime, tão bonita,
Surgida em tua límpida janela...

O beijo luze feito uma pepita.
Tem gosto delirante de canela.
Ele diz mais do que a palavra dita,
Todo o segredo desta noite bela.

Então adormecemos abraçados...
Envoltos nos lençóis desalinhados,
Amanhecemos com doçura e paz.

Já no portão em flor da tua casa,
O teu adeus possui efeitos de asa
Que me conduz... depois… depois me traz.

PAULO MAURÍCIO G. SILVA
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