Pulsando entre as águas
Que me protegem do mundo
No seu ventre submerso
No alimento que diluo
No seu leite materno
Repleto de vigor

Pulsando entre as águas
Da sua fonte divina
Entre suas mãos finas
E o balançar dos seus cabelos
No aconchego do seu cheiro
No silêncio revelador

Dos seus olhos tão profundos
Que emanam mil desejos
Suspendendo espaço e tempo
Suas pupilas dilatadas
Semelhantes à galáxia
E todo seu esplendor

Tão, por vezes, maltratada
Pelas feras do caminho
No veneno dos espinhos
Discorde, quem puder,
Tudo que faz, mulher,
É essência de amor.