Se eu sou de Marte, talvez vocês sejam de lugar nenhum
Um canto a parte da multidão sem respeito algum
Com olhar estranho e  apotandando sem a verdade saber
A qualquer ganho, pedindo a Deus para o próximo não ser você

Eu não me identifico com a selvageria deste lugar
Roubam do povo e fazem leis pra depois ter como se livrar
Apertaram a mão do criminoso e o fizeram rei pra reinar
É Tudo invertido! Não vejo lógica nessas mentes a borbulhar

Afogados em rios vermelhos gritam os coitados e gemem açoitados
Ignorância vinda de terceiros é tudo arranjado, preconceito e descaso
A fome do saber é fortemente combatida, enquanto se alastra a fome por comida

E tem gente que faz da igualdade um discurso enfeitado,
Mas seus projetos só benificiam grupos isolados
Falam da necessida de poucos enquanto discursam e choram
E em troca ganham rios de dinheiro fingindo que se importam

Pois é! Talvez eu realmente seja de Marte
Talvez eu realmente não seja daqui
Porque tudo isso que vocês fazem
Não faz nenhum sentido pra mim

A Terra foi feita pra plantar e também pra colher
Mas vocês impedem a planta de germinar, de crescer
E não me importa se eu não passo de um maluco pra vocês
Pois a verdade é que certas mentes não suportam a minha lucidez