Consciência Preta


 Pra ser consciência de preto
É preciso antes de tudo ouvir...
O clamor do Gunga...
O repicar do viola...
Entrar na ginga
Se envolve na Angola...

É preciso lembrar o açoite
Sentir as cicatrizes...
Fazer lembranças
Respeitar as raízes
Fazer valer conhecimentos
Dos calos e dor as costas
De etnobanimentos
Miniminizados nas cotas

É preciso encantar-se na ladainha
Deixar bailar os pés
Se levar no samba
Como o ir e vir das marés
Refazer os passos
Redirecionar a história
Desse cenário injusto
Trabalhado na memória

transformar como feito a porte
De muita cultura afro
Reggae, Rock, Samba
Capoeira esporte
Visibilidade viva
Nas pernas, cordas nos braços
Poesia, livros, belezas
Arte em todas as bases
Transmutar a mente
Nas ações no mundo
Que mudam apenas no presente!

Joari O. Procópio
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