Quero arrancar-me a pele
E dela fazer um tapete
Para que eu pise em meu ser
Quero maltratar-me com fogo
Depois congelar-me...

Com saudade do descanso vou me punir
Sentir minha pele queimar em ácido de rancor
Temperado com raiva do que sou
E raiva do que faço...

Mas essa dor ainda não é o suficiente para mim
Tenho que arrancar-me os olhos
Para na escuridão sofrer a procura de luz
Em vão e doloroso

Amargando-me a alma
Para que eu venha a me lembrar
Por toda a eternidade.

Riacho Fundo 2 - DF