Tuas mãos quero tê-las novamente,
Acariciando o meu corpo em frenesi,
Mas, mutável, num balé suavemente,
Como plumas minha face comprimir!
Ao sentir o seu toque em minha tez
Deixando-me assim em ânsia louca,
Quero, sim, o perfume e a maciez,
Nos relevos da minha ávida boca!
Essas mãos que me fazem suspirar
Simplesmente ao sentir os seus afagos,
Enlouquecem-me e começo a transpirar!
E, envolto por elas sem embargo,
Só sentir profusão, me desvairar,
É o que mais eu quero, e me embriago!
Autor: José Rosendo
Nazarezinho, 27 de abril de 2006
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