Estro de amor
 
 
O estro de amor, que era só ventura
Albergue de amizade e de ternura,
Desfez-se igual a nuvem de fumaça
Deixando em si, um rastro de desgraça.
 
Naquele tempo minh’alma inebriada
Ao prazer e doçura era arrastada,
Dando ensejo e graça aquele cotejo
Sem vislumbrar razão de tal desejo.
 
- Com que amargura, hoje te enxergo
Quando pela idade a cerviz envergo.
- Passou o tempo d’aquela intimidade.
 
Sorte cruel !... onde na mágoa triste,
Curto meu fado, fingindo que não existe
No ninho de amor, deslealdade !
 
 
São Paulo 18/01/2017 (data da criação)        
Armando A. C. Garcia

 
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