Se a morte é um fim absoluto,
Tantas são as algemas da vida
E não tenho de pensar em luto,
Sequer numa gota de despedida!
 
Distante visão dum futuro obeso
Que se esconde em milícias senis...
Sobrevivo rapsódias, eu confesso,
Mas não sei se a existência é um bis!
 
Nas areias do viver respiro minutos
Sem o alarde do morrer para sempre...
A cada dia abro os olhos e, de repente,
Nova aurora me retrata febril e astuto!
 
Se na morte há um sonho congênito,
Possivelmente a vida não seja um mito!
 
 
 

 
DE  Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
© Todos os direitos reservados