Pena que o tempo
É como as águas,
Não tem cabelos!
Se os tivesse, eu faria
Com a amálgama deles, um ornamento
De infinitos e sedosos novelos.
E sobre os cachos debruçaria,
Só pra sentir a santidade de tua alma,
Só pra sorver teus suspiros com calma,
Sem a paúra do atropelo
Que a ampulheta teima em nos impor.
Se os tivesse, eu faria
Com o mosaico deles, um ornamento
De multicoloridos e diáfanos novelos.
E sobre os cachos debruçaria,
Só pra gozar de tua dulcíssima essência,
Só pra fazer de tua encantadora presença,
Com singular ternura e idílico esmero,
O céu da salvação de nosso amor.
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não use-o comercialmente
- Não crie obras derivadas dele