DE REPENTE
De repente posso sair
e não mais voltar,
um carro me atropelar,
um criminoso em mim
atirar-me.

Uma bala perdida me
encontrar.

De repente alguém
não for com minha
cara, um soco me
desferir e me levar
ao chão, e nele
eu ficar.

De repente eu no
ônibus ou no carro
me acidentar
e lá se vão
meus dias na Terra.

De repente tenho
que amar, amar,
amar.

De repente o amor
faz bem ao coração,
mas amar a quem
me ama, sem sofrer
com os desenganos.

De repente a vida
não é masoquismo
e só se importar
com que te quer.

É perda de tempo,
de vida quem
persiste, insiste
com quem acha que
você não existe.

De repente pode
ser assim, sem perdas
e danos e não insistir
com os desenganos.

José Marcos di Ayres
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