Beleza e simplicidade são companheiras.
Existe nelas cumplicidade verdadeira.
É só observar os jardins
onde tudo acontece normalmente.
Vidas que se ocupam em ser só o que são,
sem conflitos, sem atritos, angústias, desunião.
Sejam bromélias, rosas, hortênsias, jasmins...
Cumprem seus destinos, sem desatinos.
Florescem ao seu tempo
e ao perderem o viço
vão-se embora
quando é chegada a hora.
Não precisa luxo,
luz de esplendor,
ostentação, glamour...
Somente a necessidade
de cada instante.
Extraem da chuva o essencial,
do sol, a luz e calor.
Recebem o vento.
E morrem ao seu tempo.
Sem estardalhaço, suavemente,
simplesmente.
O muito querer é complicado.
É pesado, alienado, aprisionado.
Mala difícil de se carregar.
O simples é leve, delicado,
fácil de se levar a bagagem
e, durante a viagem,
aprecia a paisagem.
_Carmen Lúcia_
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