Vários rostos mergulhados na multidão,
Formam o retrato de um povo,
Que não é só de uma raça nem de uma só religião
 
Tão mistos, tão variados, contagiam por onde vão,
Com sua imensa alegria e declarada paixão.
 
Tristeza, muito mais que agonizantes.
Fome, desgraças, desespero, caos...
Tudo contado, aclamado no desfile diário
Do nosso eterno carnaval.
 
Nada disso então importa, quando a coisa fica "preta"
Lembra-te do teu jeito, confia na tua capacidade,
Levanta e prossegue, ainda que aos trancos e barrancos...
Ele chega lá...
Não sabendo bem onde.
Surge de sua garganta um só grito estridente
Que ecoa pelos quatro cantos do mundo
Com a sua alegria e emoção.
 
Aproveita que as coisas ainda estão "claras"
Neste momento em que todos são iguais,
Ao som do pandeiro e tamborim,
Em tempo de folias e carnavais.

Alexander Man Fu
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