A Viagem (versão longa)

Me encontro sobre o mundo,
Um oráculo me espera lá.
Me guia numa viagem na qual inteiro me inundo,
Mesmo não sabendo para onde quer que eu vá.
O universo é o corpo de Deus;
A vida é o seu Amor.
Venha, vamos conhecer cada canto Seu
Em seu louvor.
Mundos afora parti;
Aflora em mim uma sensação
Que nunca antes senti:
Forte, inovadora, única e eterna,
Entrou em minha vida fácil
Como vento pela janela.
Embarcado numa utopia anos luz à frente,
Voando na gravidade inexistente,
Me delicio no intergaláctico astral,
Apreciando a grandeza do espaço sideral.
Excursiono pela Via Láctea, passando por Lyra ao leste,
Pegasus ao noroeste,
E por Deneb até o Sistema Solar,
Vendo os mais belos celestes,
Os mais cintilantes e brilhosos que jamais poderia sonhar:
Estrelas de cima a baixo, aos milhares,
Até as famosas Pollux, Sirius e Antares,
Refletem seu brilhantismo na escuridão
Desde muito antes de Jesus Cristo;
Como pequenas lamparinas, enxergo toda imensidão.
Elas são o Seu equilíbrio!
Mesmo rodeado de infinita escuridão,
Também está rodeado de infinita iluminação.
Viva num só e viverá no desequilíbrio.
Cometas verdes, azuis, vermelhos e amarelos,
Pincelam meu horizonte
Num brilho mágico e singelo,
Com derivados tamanhos, aos montes;
Notas musicais do universo sinfonia;
Lágrimas de alegria
Que escorrem pela face de Deus em harmonia,
E se perdem em Sua aura: as nebulosas,
Que ao fundo colorem constelações inteiras,
Expressando emoções poderosas
Entre estrelas, cósmica poeira;
E asteroides que vêm a colidir
E na escuridão a reluzir;
E planetas, com e sem anéis com diversos tamanhos e cores,
Rodeados por seus satélites naturais,
E também por aqueles criados pelo homem, como Hubble e outros artificiais;
Palco de onde Seus povos desenvolvem seus labores,
E comem a fruta da vida, sentido seus sabores e dissabores.
Aterrisso em Pandor, o planeta Branco,
Para assistir suas cinco estrelas em seus poentes:
Um bombardeio de vida, luz e emoção;
Explosões eternizadas em minha mente.
É me perdendo que eu me encontro puramente.
Passando de planeta a planetas, de constelação a constelações,
Nado por todo amor de Deus que sobre nós governa,
E conheço Deus Sol e Deus Lua, nossos guardiões,
Presenteando-me com uma visão única e eterna:
Vejo o trabalho de Suas Mãos abençoadas,
Cuja graça criou belas e longínquas terras,
E o ascender dos sete povos em suas cruzadas;
Seus chakras e suas energias equilibradas,
Para escrever e cultivar por futuras eras:
Vou para o sudoeste, onde vive o povo do Som,
E vejo as propriedades de seu maior maçon,
Hanor, o Duque da Magnólia:
Duas galáxias e incontáveis constelações,
Conquistado sob muita luta e glória;
A herança das futuras gerações.
Vou para o Norte e vejo os territórios de Xiba,
A rainha do povo da Terra:
Fala com os animais e lida com o cultivo da terra,
Possui o maior e melhor exército para ataque ou defensiva.
Vou ao leste e chego no povo da luz,
Territórios dos Luzar:
Belos, inteligentes e ordeiros,
O universo gostam de bisbilhotar.
Vou mais para o Norte e chego ao povo dos Espíritos:
Minimalistas, leves, sensíveis e imortais,
Tomam conta das próprias vidas e mantem o equilíbrio
Entre as coisas materiais e espirituais.
Vou para o sul e visito o povo do Ar:
Os senhores da universalização.
São maiores exportadores de naves,
Vendendo para toda dimensão.
Ao leste, no povo da Água,
Aqueles que o têm o Dom da visão,
Vivem do passado, presente e futuro,
Os melhores da adivinhação.
Por último, vou ao Sul, à monarquia de Zion,
No povo do Fogo: de todos, o povo mais guerreiro;
Vencendo ou perdendo, lutam sempre o Bom Combate;
Dando a raça e o sangue: são soldados verdadeiros.
Passo na Grande Mesquita Branca,
A Liga Dos Corações Puros,
Saúdo os sete grandes mestres
Que ensinam o Amor e como tirá-lo do escuro.
Em algum lugar, como uma janela bordeada por um circulo colorido,
Atravesso um portal e ‘’subo’’ para uma dimensão superior,
Rumo a um lugar mais evoluído,
Chegando ao incrível povo da Phenix e seu esplendor:
Belos, ultra inteligentes e possuem asas;
Renascem das próprias cinzas quando em casa
Restaura o Amor.
Depois ‘’desço’’ a uma dimensão inferior,
Onde o povo Morpha me recebe humildemente.
São muito felizes e alegres e podem curar instantaneamente,
Com o toque de seu Amor.
De tudo o que conheci, o Amor,
Percebi, é imensurável, eterno, e infindável;
A principal linguagem universal;
O único a transcender o espaço-tempo
Na viagem, sem portal, e em sua magia atemporal.
É tudo uma coisa só. Somos parte do criador,
Que não sei por que, se dividiu em milhões e milhões de partes,
E independente de suas distancias, divergências e arte,
Falam a linguagem do Amor. 

César Dabus
© Todos os direitos reservados