Por que meu amor, que tanto amo,

Embargas tua voz e por mim não clamas?
Nesta noite de frio, sofro palmo a palmo,
Sobre meu leito desejo teu corpo em chamas.
 
Sob a lua faceira que brilha e se esconde
Você permanece calada, fria e zelosa.
Meu coração triste não sabe por onde
Dizer-te- Estas bela e tão formosa!
 
Das flores, minha preferida é o jasmim.
O mais doce aroma da noite é o da rosa.
Como lagrima o orvalho tangeu-se em mim,
E sob o céu tua tez fez-se ainda mais jocosa.
 
Meus olhos outros olhos nunca fitaram
É só seu os meus poemas e pensamentos.
Nem meus braços outros braços entrelaçaram.
Nem minhas mãos outras mãos afagaram.
 
Sobre nosso leito disposto sob o luar,
Sinto em meu peito uma dor incessante,
Pois a flor do amor não quer desabrochar.
Nem tão pouco teus lábios posso beijar,
 
Como o seu, outro amor, não consigo vislumbrar.
Nem na terra, nem nos céus será o bastante,
Para todo este amor eu poder derramar;
Sem ti, sou como um pássaro que não pode voar.
 
O sol é o destino que abraça a aurora.
A lua contempla o dia que amanhece.
As estrelas pouco a pouco vão indo embora,
Sem o seu amor, meu coração triste, arrefece.
 
J.A.Botacini.

 
Outubro,2014.

Obrigado pelo carinho da visita ao sair deixe um comentário ou uma simples critica.
Jose Aparecido Botacini
© Todos os direitos reservados