Os sinos (soneto).

Os sinos (soneto).

Forjei sinos pelos quatro cantos do mundo
Em cada um deles coloquei um som diferente.
Badalos rudes sobre torres elegantes ao fundo,
A hora dos (ângelus) anunciavam diariamente. 
 
Nas mãos calejadas do pobre sineiro
Inglórias badaladas anunciavam um cortejo.
Nas alamedas íngremes do velho mosteiro
Velhas beatas, infiéis cortesãs, desfilavam em festejo.   
 
Naquela hora projetada sobre o entardecer
Os anjos entoavam seus hinos sagrados
Depurando o povo daquele vilarejo.
 
As beatas em extrema euforia rezavam
Implorando perdão pelos seus pecados;
...[Até hoje não sei por quem os sinos badalavam]...
 
J.A.Botacini.

 
25/07/2014.

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Jose Aparecido Botacini
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