O que é o amor senão uma rocha que desce a montanha,

as vezes se incha, as vezes se esvai corroendo com o atrito e lutando pra se manter.
O que ser o amor senão um oasis de água salgada,
uma arvore no temporal, um pedaço quando há fome. 
Nada ser, apenas isso.
Apenas vai se consumindo neste vasto universo turvo.
Não espero dele nada, pois não me cabe mais ilusões,
deixo que soe como um canto que liberta a alma e aprisiona a voz.
Amo a medida que me proibo e me torturo querendo o que não quero.
Haja loucura, mas a sanidade ainda prevaleça
Nunca disse que seria sempre o mesmo
Que ficaria sempre ao dispor
A rocha se dissolveu, a essencia acabou.
Sem jeito e sem um método procuro explicar o que aconteceu
Mas parece que nada além, nada a mais.
O amor não morreu, mas se disfaleceu
 
 
 
 

Alana Lima
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