Amor Paterno
João de Aninua,
Homem simples do sertão,
Mas cheio de amor no coração,
Que por amor foi visitar a sua ex-mulher que estava doente;
Esta reuniu forças,
Que rangia até os dentes,
Chamou a polícia,
Distorceu a versão;
Tornou-se Dona da Razão,
E ele foi enquadrado,
Ficou com seu nome na Lei Maria da Penha,
Registrado!
Tudo isto aconteceu,
Quando soube que um único deslize,
Na vida dele ocorreu,
E uma criança surgiu;
Está não teve amor suficiente,
Para enfrentar de frente e perdoar,
Queria que ele viesse à paternidade da criança negar,
Ou a casa ela iria deixar;
Este que carregava a marca do sofrimento,
De ter sido criado sem pai,
Vivido de migalhas,
Que pra ele eram reservadas;
Não queria, não aceitava,
Por isso não rejeitava a sua filha,
O maior amor em seu peito,
A ver viver de qualquer jeito;
A percorrer os mesmos caminhos tortuosos,
Defeituosos,
Que em sua vida,
Havia vivido!
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