Na madrugada,
o sol de olhos molhados,
envergonhado,
pediu licença ao orvalho
pra chegar;
cheguei as estrelas
para o infinito,
implorei a aurora
para iluminar,
sacudi neblinas
ao vento,
consolei almas
com o meu alento...
acendi as velas do sol,
colori o chão de purpurinas,
olhei tanta beleza
que desisti de morrer,
encarei de novo
as realidades da vida,
busquei depressa
a esperança perdida,
consegui,
tranquilamente,
amanhecer.
Ivone Boechat
Ivone Boechat
© Todos os direitos reservados
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