Os pássaros são perfeitos “in natura”;
Se deslocam por matas e campos abertos;
São senhores do espaço e assim libertos;
Batem asas voando sem censura;
O som do seu cantar, não se mistura;
Com nada, que lhe alcance e lhe distrai;
Quando abrem a garganta e o som sai;
É um encanto de paz... é uma festa;
Que se espalha sutil pela floresta;
Numa doce sinfonia, que atrai!
Mas um pássaro engaiolado, quando canta;
É implorando pela sua liberdade;
Pois seu canto é um grito de saudade;
Refletindo toda dor, que lhe alquebranta;
E a música que lhe sai pela garganta;
É um som destorcido e amargurado;
Que expressa em seu viver, o triste fado;
De quem não poder reagir, sendo indefeso;
Quem mantém, por prazer, um pássaro preso;
Nunca vai, pelo PAI... ser perdoado!