Na cadência do tempo em que sentia a brisa na face corada
Enamorada há tempos das coisas simples do viver
Crer que seu tempo é infinito
É mais que um sentimento bendito e normal de se ter
Nos passos apressados e entediados da vivacidade na busca por um lugar ao sol
Em prol de uma estabilidade imaginada como premissa de felicidades
Realidades nos sonhos avistadas
Num laço medonho de estradas com reais possibilidades
Esforço ou acomodação serão as únicas alternativas para a moça de bem
Também pouco inclinada à rebeldia ou à calma perseverança
Esperança na escolha correta
Que seja a folha certa que escreverá sua principal pujança
No futuro em que a realidade confirmará a opção feita após a infância
Se escolher dar relevância para a realização financeira ao invés da emocional
Será o normal resultado
Para um perfeito estado de bonança e sofreguidão banal
Negligenciados os sentimentos por tantos almejados
Que resultou no fardo dourado obtido de uma vida rica e não repartida
Vivida no mausoléu que habita
Sem tempo para o céu que fita por causa da hora da partida
No derradeiro instante diante do frenesi de reflexões
As paixões que não aconteceram cobrarão o preço da falta de lembranças...
Heranças secas serão destinadas
Para quem seu coração de Prada nunca teve andanças