DESCOBRI MAS JÁ SABIA
Descobri, que a chuva que cai na casa dele, não é a mesma que lava o telhado da minha dedilhando melodias. Constatei que as poesias que fiz em madrugadas frias nem sequer foram lidas, ficaram dormindo ao lado do travesseiro com outra companhia. Percebi que para ele não há orgulho algum em ter sido a inspiração de tantas e tantas palavras coloridas. Jamais seu nome constará em minha biografia. Comprovei que para ele os números são muito mais importantes do que todas as letras de música que compus pensando nele. Soube a muito, que suas impressões são humanas, mas não são semelhantes aos da sonhadora poetisa. Resta-me crer que não fomos feitos do mesmo barro e que consequentemente não teremos direito ao um quinhão de felicidade embrulhado em forma de poesia. Descobri, mas a muito já sabia...