DE LUIZ HUMBERTO
CATEI UM PUNHADO DE VENTO
APERTEI-O VAGAROSA E HERMETICAMENTE
SENTI-O ESCAPULIR DESESPERADMENTE
ENTRE OS MEUS DEDOS; CARRANCUDOS E
ESTÚPIDOS SOLDADOS SOB AS ORDENS DO GENERAL MÃO!
CATEI UM PUNHADO DE VENTO
E SENTI AQUI FORA A SUA AUSENCIA
SOLTEI-O IMEDIATAMENTE E ELE SORRATEIRAMENTE
INFILTROU-SE NARINAS MINHAS ADENTRO...
CATEI M PUNHADO DE VENTO
E SEM SABER COMO PROCEDER, PUS-ME A FITÁ-LO
ESMAGADO PELOS MEUS DEDOS NERVOSOS.
SOLTEI-O E SUFOCADO PEDIU-ME UM POUCO DE AR
SOPREI-LHE UMA LEVE LUFADA E PUNHADO
DE VENTO RESPIROU FUNDO RECOBRANDO
SUAS FORÇAS E EM INSTANTES
DISSOLVEU-SE AO AR JUNTANDO-SE AOS SEUS.
CATEI UM PUNHADINHO DE VENTO
E O ESMAGUEI ENTRE OS DEDOS- INSTANTES DEPOIS...
O PERCEBI INERTE E SILENCIOSO.
AO ABRIR A MAO O ENCONTREI DESFALECIDO E SEM COR.
JOGUEI-O AO LEO E ELE COMO SE ALMA FOSSE
SEGUIU DIRETO RUMO AO CÉU!