FILHO DA VERDADE

Folhas secas rolando ao vento,
E a poeira que do chão levanta.
De ser feliz é o intento,
Mas a perfídia acontece e suplanta.
Ódio faca de dois gumes,
Cria incerteza, desconfiança,
Das profundezas donde vem o ciúme
Também vem a desesperança.
Quando da desventura a dor pertinente
Dói na alma e não tem remédio,
Então o desamor nos leva à morte
Igualmente funesto é o tédio.
Se a alma é alegre bela é a vida,
A alegria é a primavera de nossos dias,
Faz a noite negra ficar colorida
E tira das notas lúgubres belas melodias.
Sou o cantador da esperança,
O arauto da felicidade,
Que quer despertar a criança
Adormecida na sua realidade.
Desperta ó criança que dormita,
Só o corpo envelhece a alma não tem idade.
Tu podes e deves ser muito feliz, acredita,
Tu não és um embuste e sim filho da verdade.