Não mais coleciono palavras,
as mesmas que nunca disse.
Não mais recito poesias,
mesmo as dos imortais.
Não mais construo planos,
mesmo artificiais.
Não mais exercito o corpo,
a alma muito mais.
Não mais corro para os abraços,
teus beijos a minha paz.
Não mais recordo os sonhos,
os pesadelos são reais.
Não mais me entorpeço,
a insanidade me satisfaz.
Não mais celebro a vida,
pois não me pertence mais.