A chuva chovia com gotas pesadas, batendo com força na porta fechada; As batidas de meu coração ditavam um ritmo descompassado; Violas e violões ao longe tocavam canções desafinadas ao acaso no descompasso; Agora os instrumentos guiados por mãos loucas e habilidosas, afinam-se de corda em corda; Acordado do sonho mais louco e real abro a porta, a chuva agora já foi embora alheia a tudo, sem ao menos saber o porque ou pra que veio me viditar , olho lá fora, a calçada molhada é a evidencia de sua breve presença, a terra, a rua, a luz pálida da luminária do poste, eu vivo emoções tão fortes, olho agora para a lua alheia aos fatos; em meus pensamentos a vejo voltando, molhando me fazendo chorar e mais uma vez me deixando.